Havia um taxista na cidade de “cacha pregos”, que era um doce de pessoa. As mulheres o amavam e adoravam andar em seu taxi. Seu nome era “Jacinto Leite Aquino Rêgo”.
- Gostei de andar em seu taxi, então, você pode sempre "me pegar, Aquino Rêgo”. Pode ser todos os dias, nesse mesmo horário. – disse uma passageira, em tom de brincadeira, que ele acabara de conquistar.
- Olha... Não gosto muito dessas brincadeiras, não. Mas te pego aqui em sua casa todos os dias, ok?
- Que brincadeira? Só porque, lhe chamei pelo Sobrenome e falei para você me pegar. Quando digo, "vem me pegar, Aquino Rêgo" é pra você vir me pegar com seu taxi...
Em compensação os homens o odiavam. Quando viam aquele carro cor de rosa com bigorrilho aceso, disfarçavam e não faziam sinal, muito menos o ligavam.
Apesar de, “Jacinto Leite Aquino Rêgo, deles” não ligar, gostava muito de fazer com eles o que seu próprio nome o propunha.
Mas quem lhe dava mesmo lucro era a mulherada.
- “Jacinto Leite, gostosinho”! – falava brincando uma passageira.
- Não fala isso, você sabe que não gosto. Minha praia é outra.
- Quanto tempo que não lhe “pego, Aquino Rêgo”. Estava com saudades. – dizia outra passageira, sorrindo.
- Para com isso, meu amor! Não gosto dessas brincadeiras.
As mulheres sabiam de sua preferência sexual, mas gostavam de tirar sarro com Jacinto. Até que um turista desavisado lhe fez sinal.
- Poxa... Quanto tempo não pego um Bofe. Vou parar.
- Boa noite! – disse o passageiro.
- Boa noite, amor! Jacinto “Seu” Leite Aquino Rêgo ao seu dispor.
- Como é? Não entendi!
- Eu falei meu nome, mas como gostei de você, botei o “seu” no meio.
- O que você botou no meu, Cara, e no meio de que?
- Eu não botei no seu, eu botei no meio do meu. Eu acrescentei o "seu" no meio do meu nome: Jacinto "Seu" Leite Aquino Rêgo.
- Mas você falou que botou no meu. Você disse: "Seu". - o sujeito não estava entendendo nada.
- Olha, meu amor, estou achando que você quer botar o "seu" no meu mesmo. Quero lhe dizer que aceito. Vou repetir o que lhe falei, Jacinto “Seu” Leite Aquino Rêgo ao seu dispor. Faça o que quiser de mim. Vem cá, meu gostosão... Me me dá um beijo, meu "gatão"...
- O que? Você está preso...
- Isso, meu amor! Me prende, me leva pra sua casa, me amarra em sua cama e me dá uns tapinhas. Adoro isso...
O turista desavisado nada mais era, do que o novo delegado daquela pequena cidade. Jacinto sumiu por uns dias, deixando suas passageiras na mão. Quando apareceu, estava com o nariz quebrado e olho roxo.
- O que foi isso, Jacintinho? Foi aquela brincadeira do tapinha que você tanto gosta de fazer com seus namorados? - perguntou uma passageira preocupada.
- Mulher... Nem te conto... Quando levei o primeiro safanão, até gostei. Pensei que ele também gostasse de levar uns tapinhas. Então, enchi a mão, e dei uma tapa no bumbum dele. Mas depois...
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